Técnica de Implantes Mini-traumáticos

“Iniciamos em 1970, quando realizamos várias implantações e, em seguida, fui à França e obtive o título de Professor da Societé Odontologique des Implants Aiguiles, em Paris. Nessa época, a maioria dos profissionais não acreditava na Implantodontia e hoje, com o passar dos anos, se confirma a frase de Berthold Brecht: ´A verdade é filha do tempo, e não da autoridade.”

Profº Drº Ronaldo Miguel

Indicações para a técnica:
  • Quem perdeu um ou mais dentes ou até todos os dentes
  • Base óssea suficiente ao redor da área a ser implantada
  • Análise clínica e radiológica do paciente

Vantagens da técnica de implantes mini-traumática:

  • Técnica 90% menos traumática do que as técnicas convencionais
  • Não usa bisturi nem leva pontos
  • Quase não há sangramento
  • A anestesia utilizada é a mesma de uma obturação comum
  • A duração média do tratamento é de 15 a 21 dias
  • A realização de cada implantação dura em média de 3 a 4 minutos
  • Em uma mesma sessão, é possível fazer uma superior total ou uma inferior total
  • Essa técnica foi registrada e reconhecida pela comunidade européia há mais de 15 anos
  • Essa técnica vem sendo utilizada pelo Dr. Ronaldo Miguel há 43 anos
  • Hoje totaliza mais de 20 mil casos realizados em um percentual de 93% de sucesso
  • Técnica da Escola Francesa de Scialom associada à Escola Italiana dos Parafusos de Garbaccio

Como funciona?

Confirmada a indicação para o tratamento, é iniciado o planejamento para o tratamento de implantodontia multimodo, que emprega várias técnicas simultaneamente, resolvendo de maneira rápida e eficiente o problema do paciente. Nesse processo de planejamento, também será avaliado se o material mais adequado será somente o uso de pinos ou se também há necessidade de parafusos.

Ao iniciar o tratamento, será utilizado um motor de baixa rotação para colocação do pino de titânio, que é auto-perfurante. Esse pino perfurará a gengiva e o osso, instalando o implante.

Caso haja necessidade, será colocado um parafuso, também de titânio, ao lado desse pino previamente inserido.

A técnica mini-traumática é vantajosa para o paciente e para o dentista, que soluciona com simplicidade o problema do paciente. Dessa maneira, o profissional se cansa menos e o trauma ao paciente também é muito menor. Evitar o uso de bisturi significa menos problemas tais como: Edema, infecção, trauma e regeneração dos tecidos mais rápido, o que se traduz em menos dor.

Técnicas Reconhecidas pela Comunidade Européia

Tendo-me dedicado há mais de 45 anos aos implantes dentários, utilizando as técnicas comprovadas cientificamente, observei um fato muito interessante nos implantes de hastes de titânio ósseo compressivas e nos parafusos bicorticais tipo Garbaccio, que embora sejam os mais antigos, passaram a ser um dos mais modernos, confirmando a frase de Bertolt Brecht “ A verdade é filha do tempo e não da autoridade“, logo esses implantes, passaram na prova do tempo, possuindo hoje mais de 21.500 implantes por mim realizados, tendo um percentual de sucesso de 93%. O fato que me chamou muita atenção nessas técnicas, é a não utilização normalmente de bisturi e nem pontos de sutura. Todos com carga imediata.

Há mais de 17 anos atrás, se um paciente tinha um problema de apêndice e precisasse se operar, o cirurgião abria o abdômen do paciente com um extenso corte, ficando internado em média de 5 a 7 dias no hospital. Com o advento da vídeo-laparoscopia, onde se faz em média 2 mini-incisões no abdômen do paciente, e ele retorna para casa, ou no mesmo dia, ou no dia seguinte. Logo, quanto menos bisturi se utilizar, teremos menos trauma, menos infecção, menos dor, menos edema e um conforto muito maior para os pacientes. Essa é a tendência mundial da medicina, assim sendo, essas técnicas de hastes ósseo compressivas de titânio e parafusos bicorticais tipo Garbaccio, hoje estão de acordo com as mais modernas técnicas médicas, pois, manipulam muito pouco os pacientes, desta maneira as técnicas mais indicadas para pacientes com transplantes cardíacos, safenados, pacientes com stent diabéticos, idosos e etc... O meu paciente mais idoso, fez implantes total na mandíbula, quando tinha a idade de 93 anos. Logo, existe uma tendência da área médica (Cardiologista e etc) de indicarem profissionais da odontologia que utilizem essas técnicas e graças a esses elementos a Comunidade Européia reconheceu e registrou essas técnicas, através do certificado nº 93/42. C.E.E, das normas médicas nº 9842/98.

Elas apresentam uma grande versatilidade, pois, no caso de uma haste ósseo compressiva de titânio, apresentar algum problema, isto é, mobilidade, substituímos ela imediatamente por um parafuso tipo Garbaccio, tendo resolvido o problema. Caso, um parafuso de Garbaccio apresente um problema, como mobilidade, remove-se esse parafuso e coloca-se imediatamente um parafuso de diâmetro mais largo.

No caso de insucesso com as outras técnicas, podemos resolver os problemas utilizando a mesma sistemática acima relacionado. Desta maneira uma técnica auxilia a outra.

Profº Drº Ronaldo Miguel